O Natal é a data mais importante de vendas para o varejo brasileiro, e empresários do comércio e serviços de vários segmentos já estão se preparando para receber os consumidores para as comprar de Natal. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em todas as capitais do país, este ano, cerca de 110 milhões de brasileiros devem ir às compras e desembolsar, em média, R$ 116 por presente, com o potencial de movimentar na economia cerca de 53,5 bilhões de reais na economia brasileira.
Os objetivos do estudo incluem mapear a intenção de compras para presentear terceiros, identificar as características dos presentes, a quantidade média adquirida, o ticket médio esperado, as formas de pagamento mais comuns e os locais de compra preferidos. Em termos percentuais, 72% dos brasileiros planejam comprar presentes para terceiros no Natal deste ano, número que se mantém elevado principalmente nas classes A e B (83%). Apenas 9% disseram que não vão presentear – 26% porque não gostam ou não têm o costume, 23% por estarem desempregados.
Em média, os consumidores pretendem adquirir quatro presentes (4,4). O ticket médio – ou seja, o valor a ser gasto com cada presente de Natal – corresponde a R$ 115,90, sendo maior entre os homens (R$ 136,51). A pesquisa também revelou que o número dos que pretendem desembolsar entre R$ 101 e R$ 200 com presentes cresceu na comparação com 2017, passando de 10% para 16%. Esse percentual chega a mais de um terço (33%) na faixa acima de 55 anos. Há, contudo, uma parcela considerável de consumidores (33%) que ainda não decidiu qual ao valor a ser desembolsado.
A disposição para o consumo no Natal deste ano é maior que o ano passado, quase um terço (27%) dos entrevistados que compraram presentes em 2017 mencionaram que pretendem gastar um valor superior este ano. Outros 30% planejam gastar a mesma quantia e 22% menos.
O levantamento também mostrou que, em sua maioria, os familiares serão os mais presenteados – principalmente os filhos (as) (56,7%, aumentando para 77,0% na faixa etária de 35 a 54 anos), marido/esposa (48,0%, aumentando para 54,5% entre os homens), as mães (46,2%, aumentando para 52,8% entre as mulheres e 66,0% entre os mais jovens) e irmãos/irmãs (24,3%, aumentando para 34,9% entre as mulheres e 32,8% entre os mais jovens).
Em relação ao tipo de presente, os itens mais visados foram roupas (54,7%), calçados (32,4%), perfumes/cosméticos (31,1%, aumentando para 37,0% entre as mulheres), brinquedos em geral (30,0%, com queda de 12,9 p.p em relação a 2017, chegando a 35,1% entre as mulheres), acessórios (19,2%, aumentando para 23,3% entre as mulheres) e livros (14,0%, aumentando para 21,6% na Classe A/B).
Os brasileiros já estão habituados a pesquisar os preços antes das compras. Cerca de 85% dos entrevistados adotarão essa prática pensando em economizar e a internet (67%) será a principal aliada. Além da internet, os brasileiros também irão pesquisar em lojas de comércio de rua e em lojas dos shoppings. Em relação ao local escolhido para as compras de Natal, este ano as lojas de departamento dividem a preferência dos consumidores (42%) com as lojas online (40%) – 75% desses consumidores virtuais farão, pelo menos, metade de suas compras neste canal.
Os shopping centers aparecem em seguida, com 34% das citações, enquanto as lojas de rua foram mencionadas por 30%.
De acordo com o levantamento, a maioria dos entrevistados (57%) vai optar por uma modalidade de pagamento à vista — percentual que sobe para 61% nas classes C, D e E. Os que vão utilizar alguma modalidade de crédito somam 40% dos compradores, dos quais 26% vão recorrer ao cartão de crédito parcelado, 10% preferem pagar no cartão em parcela única e apenas 2% devem usar o cartão de lojas. Na média, as compras parceladas serão divididas entre quatro e cinco vezes, o que significa para o consumidor comprometer parte de sua renda com prestações de Natal até a Páscoa do próximo ano.